Triagem Genética de Embriões













A perfeição da criação

      Doravante o avanço das eras e das tecnologias; a área da genética também sofrera drásticas mudanças. Onde chegamos ao ponto de podermos determinar que até mesmo pessoas nasçam com características genéticas do desejo dos pais da criança.
      Isso já é realidade em países de primeiro mundo, tais como Estados Unidos, por exemplo. Fato que incita a uma discussão a respeito de a tecnologia ser utilizada para controlar a aparência física das pessoas, a qual, de acordo com os padrões de muitos grupos distintos, deveria ocorrer de forma natural.
      Nesse contexto chegamos a uma delicada discussão; pois, para grupos influentes da época em que que vivemos, tais como os grupos religiosos; mesmo em um mundo tão vasto de facilidades e tecnologias, as tradições antigas e alguns dogmas ainda são mantidos, tal como o fato de o simples nascimento de uma criança, implicando em todas as suas características físicas deva ocorrer de maneira natural. E, mesmo em grupos que não tem fundamentação religiosa, tratam a possibilidade de fazer uso da genética para pré-determinar como uma pessoa deverá nascer (cor dos olhos, cor dos cabelos, dentre outras características) como uma abominação, fazendo-se valer do bom senso e da moral para defenderem suas opiniões; questionando o poder do qual o homem têm em mãos ao cometer uma atitude dessa, o poder de manipular a vida livremente, como se fossemos deuses.
      De fato, o uso da genética tem beneficiado a humanidade de diversas formas; assim como todo o avanço tecnológico em todas as áreas do conhecimento. E esse novo aspecto de se poder controlar como uma pessoa irá nascer fisicamente não é e nem será de grande relevância pelas próximas décadas; uma vez que vivemos em um mundo de grandes influencias religiosas, culturais e morais que colocam um obstáculo enorme para que esse tipo de ciência se propague e se torne corriqueira em nosso meio.

Escrito Por: Jonas Barros da Costa, Elvin Mignoli e Joaquim Cândido.

Experiências novas e a associação com experiências antigas

      Não. O fato de termos conhecimento que a triagem genética é uma espécie de seleção de embriões para uma futura implantação em mulheres mais velhas que são incapazes de ficarem grávidas, gera uma incerta sensação de zootecnia. É claro que não é possível afirmar nada sem avaliar as múltiplas variáveis envolvidas neste assunto.
      Em primeiro lugar, independente da ideologia do ser humano, somos muito influenciados por várias culturas incontroláveis que deixam seu rastro no pensamento geral da sociedade. Para ficar mais claro, damos um exemplo da religião, especificamente o cristianismo que teve um papel impactante na maneira em como o ser humano percebe o seu ambiente externo em relação ao que acredita. Obviamente esse impacto deixou um rastro enorme na sociedade envolvida, incluindo a sociedade brasileira que vivemos, e são poucos os que, ao presenciarem um assunto como esse, se desprendem do seu pensamento ideológico e procuram uma posição crítica racional, sem envolvimento explícito dessa marca que "manipula" grande parte das decisões dos demais que se recusam separar as coisas.
      Baseado nesse argumento, é comum criarmos uma sensação de estranheza em relação a esses aspectos, pois no começo a triagem era apenas feita para a detecção de Síndrome de Down e a ideia era realmente saber se eles informavam os familiares que seus embriões tinham a Síndrome ou descartava-os no laboratório. Isso causou a primeira preocupação ao assunto. Do tipo ético, claro.
      A verdade é que toda percepção que temos sobre o mundo, está baseado em experiências anteriores já armazenadas no nosso cérebro. Procuramos, inconscientemente, associar todo e qualquer assunto novo as experiências antigas já dispostas no interior do nosso córtex cerebral e com isso é evidente que até o mesmo assunto apresentado para dez pessoas será interpretado de dez maneiras diferentes. E então, o impacto da ideologia cristã que deixou um rastro por mais de dois mil anos em grande parte do pensamento geral da sociedade pode influenciar na percepção das pessoas que não são capazes de separar os pensamentos para tirarem conclusões.
      Portanto, se formos capazes de separar as coisas para assim, sermos racionais sem dependermos de experiências anteriores fortes o suficiente para mudar a direção de nosso pensamento, podemos concluir que não se trata de nenhum derivado de zootecnia, e sim, uma esperança que a tecnologia é capaz de oferecer para as queridas mulheres que não foram férteis e mesmo assim desejam ter uma criança com saúde.

Escrito por: Acauã Lemes, Andrew Ribeiro e Carina Viana.

A reprodução humana tende a tornar-se uma questão de zootecnia, por meio da triagem genética de embriões ?

      Atualmente, a medicina nos proporciona uma série de possibilidades antes consideradas impossíveis. Como exemplo, temos o caso da fecundação in vitro, processo no qual ajuda casais com dificuldades de ter filhos.
      O processo da fertilização in vitro utiliza a triagem genética de embriões, com a finalidade de selecionar os melhores para aumentar as chances de sucesso na gravidez. Porém, esse método de seleção possui uma grande taxa de erro e muitos embriões que poderiam gerar um bebê saudável são descartados.
      Este processo é muito comum na zootecnia, em que existe uma seleção para gerar novos animais com as características desejáveis para um determinado fim. Por exemplo, ser resistente a uma doença terminal. Com este mesmo princípio, uma mulher pode escolher características do seu filho, características que selecionam o sexo, a cor dos olhos e até mesmo influências sociais hereditárias. Entretanto, a fertilização in vitro é mal vista perante a sociedade quando é utilizada para fins estéticos, pois pode acarretar em um efeito de crise de identidade no desenvolvimento da criança, que em um determinado período de tempo, saberá que sua origem genética foi premeditada e não possui as características próprias de seus pais, podendo questionar sua origem.
      A seleção genética tenta evitar o que parece ser inevitável, pois uma doença terminal que é eliminada ainda na fase de fertilização pode causar o aparecimento de outras doenças, sendo assim, é impossível prever o que pode acontecer com aquela pessoa após seu nascimento, pois tudo depende de uma série de fatores que são determinados pela natureza.

Escrito por: Felipe Arruda, Henrique Britto e Raphael Takamoto.

A reprodução humana tende a tornar-se uma questão de zootecnia, por meio da triagem genética de embriões (purificação étnica/fascínio/fascismo do belo)?

      Este é um assunto delicado pois além dos pontos de vista cientifico, existe também o ponto de vista religioso, onde nunca se deve interferir nos planos de DEUS. Dificilmente nos dias de hoje as pessoas pensam tanto em questões como a purificação da raça, por mais que os avanços tecnológicos referentes a genética estejam avançados.
      Muito além de pesquisas voltadas a purificação da raça, ainda há muitas tecnologias que pode fazer coisas realmente importantes para a vida das pessoas. Tecnologias referente a genética vem auxiliando muito as pessoas, como inseminação artificial e o congelamento do cordão umbilical para a prevenção de doenças.
Muitas pessoas já foram auxiliadas por causa deste tipo de tecnologia, e de fato muitas pessoas ainda serão auxiliadas por esses avanços tecnológicos. Mas sempre haverá a obsessão das pessoas em priorizar a perfeição.
      Pensando um pouco pelo ponto de vista religioso, não é correto fazer alterações apenas em prol da estética. Pois isso pode acarretar a vários outros tipos de doenças.
      É tecnicamente impossível criar um ser humano perfeito ou até mesmo uma “raça” pura, pois o que faz a diferença é essa mistura de povos e “raças”. Este conceito de purificação pregado a muitos anos atrás por Hitler, é absurdo pois nem ele provinha de uma “raça” pura. Pensando muito além dos avanços tecnológicos, ainda assim o que irá prevalecer é o senso crítico das pessoas, a ética e a religião.

Escrito por: Alexandre Siqueira e Fabio Bittencourt.

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