Prolongamento do processo de morte ou aumento do tempo de vida?


 Bruno Souza, Lucas Massaharu Hirao, Marcos Vinicius A. Barbosa, Matheus Cunha.  

          Há uma série de casos onde um ser humano está condenado à morte por algum tipo de doença incurável. Uma situação em que esse ser humano acaba por desistir de viver, pois não tem esperanças. Casos de pessoas que sofrem de ELA(Síndrome Lateral Amiotrófica), por exemplo. A questão levantada diz respeito a haver ou não benefícios em prolongar a vida de pessoas que encaram essas situações e desistem de viver.
Mas, antes de entrar direto no tema, é importante entender o conceito de distanásia. A palavra tem origem grega, onde “dis” significa afastamento e “thanatos” significa morte. O objetivo da distanásia é o prolongamento máximo da vida biológica, representa o lado oposto da eutanásia, consiste em manter o funcionamento do corpo, estendendo a morte, mesmo sem perspectiva de melhora da enfermidade, e em certo ponto, nem se interessa mais pelo ser humano, colocando a vida em segundo plano e trabalhando em função do tratamento, da tecnologia etc. para que estas últimas se desenvolvam.
Mas o sofrimento que esse procedimento pode acarrear para a família da pessoa que está nessa situação? Isso sem falar na parte financeira, pois a grande maioria não tem condições financeiras para arcar com tais procedimentos, que geralmente são caros. Em se falando de escolha, a grande questão é o direito que essa pessoa tem de escolher se deseja morrer, por não haver mais esperanças, não aguentar essa situação, não aguentar ver a família de certa forma “morrendo” junto.
Mas em certos casos, não é a própria pessoa que decide isso, nem na hora de sua morte. Por uma série de motivos, outra pessoa passa a tomar as decisões, já que o enfermo não tem mais capacidade de controlar suas ações, isso porque devido ao grande sofrimento, a mente fica extremamente abalada, e sem capacidade de discernimento.
Cada caso é um caso, muito subjetivo e entende-se que não será possível tal resposta. Muitas vezes, na ânsia de não deixar que a morte alcance o ser humano, cria-se a falsa expectativa de aumento do tempo de vida, o que não é verdade. Deitado em um leito de hospitais, tendo um tratamento doloroso, algumas vezes de forma indigna e desrespeitosa. Bom, com essas indagações, pode-se concluir que muitas vezes há um prolongamento da morte, mas não um aumento da vida.

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